Cultura: Viva Margaritaville: o apelo emocional eterno de Jimmy Buffett


Conheço Jimmy Buffett por justificação do meu pai. Porquê fruto do divórcio, minhas visitas a ele duravam somente uma semana ou duas, no sumo, mas eram sempre pontuadas pelas praias da Flórida – e, portanto, por Buffett. Papai cantava junto as músicas praianas de Buffett enquanto dirigíamos de Orlando a Cocoa Beach e voltávamos.

Durante uma dessas viagens, ele me levou para uma noite de karaokê em um bar chamado Coconuts on the Beach, governado por meu tio. Em retrospecto, talvez não tenha sido o passeio mais adequado para crianças. Mas o que poderia ter sido um lapso de julgamento privado acabou se tornando bastante público: por razões que ainda me escapam, acabei no noticiário sítio, com não mais de sete anos de idade. Minha mãe ficou indignada. Eu me pergunto se papai estava cantando Buffett naquela noite e até que ponto ele percebeu que a culpa era dele mesmo.

Meu pai morreu em 2007 e, além de algumas letras guardadas na memória, não considerei Buffett desde portanto. Isto é, até o falecimento da cantora em setembro. De repente, essas memórias centrais pareciam indicativas de temas maiores em minha vida. Comecei a perceber que muito do que me interessa porquê redactor – música, bebidas, paternidade – se reflete em Buffett. Sua influência, ainda que subconsciente, parece inegável.

É fácil descartar sua música e a estética de Margaritaville que dela surgiu porquê cafona. Há um estabilidade frágil a ser obtido entre arte e negócio, que é ainda mais complicado pelo indumento de Buffett possuir, na verdade, muito poucos dos restaurantes e resorts que hoje levam seu nome. Ainda assim, não há incerteza de que os seus princípios fundamentais – relaxar e usufruir de uma bebida depois de um longo dia – alcançaram milhões.

Talvez houvesse uma segmento de mim que sempre se sentiu atraída por seu jogo de palavras inteligente, pelas imagens e metáforas acessíveis. Mas para pessoas porquê meu pai, ele era um ícone de estilo de vida, um filósofo moderno e uma mito das bebidas. Quanto mais leio e quanto mais convertido com outras pessoas, mais relevante ele parece, tanto pela forma porquê conectou os mundos quanto pela forma porquê se conectou ao meu.

O cantor e compositor Jimmy Buffett se apresenta com a The Coral Reefer Band no Omni Coliseum em 4 de setembro de 1976 em Atlanta, Geórgia.
O cantor e compositor Jimmy Buffett se apresenta com a The Coral Reefer Band no Omni Coliseum em 4 de setembro de 1976 em Atlanta, Geórgia. / Retrato de Tom Hill / WireImage / Getty Images

Não sou o único a sentir a atração da música e do espírito de Buffett. O fandom de Margaritaville, também divulgado porquê Parrotheads, é fanático e, nos dias que se seguiram à morte de Buffett, muitos de seus acólitos se viram desamparados. Esse foi o caso, metaforicamente, se não literalmente, notório dia, aquém do convés, em um veleiro compacto batizado de “Two Days Gone”.

Lá, tomo um gole de rum com seu proprietário, meu camarada Dave, no que acabou sendo um dia pluviátil porquê uma monção. Dave comprou o paquete durante a pandemia com base nas noções de liberdade e façanha de Buffett. Ele assistiu ao seu primeiro show de Buffett ainda no útero e me disse que a perda o está afetando fortemente.

“É quase constrangedor expressar isso, mas provavelmente é o sumo que sofri”, diz Dave depois de brindarmos. Buffett entendeu que a vida era sofrimento e que você tinha que encontrar seu próprio caminho para superá-la, diz ele. Uma boa bebida é um lugar para encetar. “Não é verosímil separar Buffett da bebida”, admite Dave. E para muitos, isso faz segmento do apelo.

A música “Margaritaville” deu lugar ao predomínio Margaritaville, completo com navios de cruzeiro, misturadores de coquetéis e um liquidificador individual. Buffett era um compositor habilidoso, mas um empresário ainda mais habilidoso, aproveitando a comercialização de sua arte e estilo de vida. Em meados dos anos 80, ele cortejou Corona para patrocinar seus passeios e, no final da dezena, a marca de cerveja adotou suas frases e formas centradas na praia em campanhas publicitárias com grande sucesso. Buffett abriu sua primeira loja Margaritaville em Key West em 1985 e finalmente lançou sua própria cerveja, LandShark, em 2006.

Dave se lembra de ter pedido com excitação um LandShark em seus primeiros dias de consumo, somente para o barman questionar seu paladar. Mas a qualidade destes produtos parece quase secundária em relação ao que representam.

“Há muitas pessoas que adoram a teoria de encontrar a sua praia”, diz Dave, mesmo que a música não seja para elas. Desta forma, Buffett existe multidimensionalmente. Sua música pode ser sonido de fundo ou verso. Seu ethos pode ser uma mercadoria ou uma mentalidade. Você encontra Buffett onde quer que precise. “É um espectro”, diz Dave, observando que, apesar da possante chuva, ele ainda canaliza Buffett porque o paquete lhe traz silêncio.

Cerveja Lager estilo LandShark Island
Vista frontal de uma garrafa ocasião de Landshark Island Style Lager/Beer. /Getty Imagens

Antes de transpor, ele me pergunta se eu – alguém que ganha a vida escrevendo sobre bebidas – acho que Margaritaville, com suas bebidas em cores vivas e papagaios de papel, é boa para a cultura da bebida. É uma questão que considero novamente semanas depois, enquanto bebo uma Margarita de Quem é o Culpado® na Times Square, uma réplica da Estátua da Liberdade com uma bebida nas proximidades, um show de luzes com tema de Buffett aos berros.

O Margaritaville Resort Times Square foi inaugurado em 2021. Chris Casciello é o gerente universal do LandShark Bar & Grill, uma das muitas opções de comida e bebida no sítio. Quando pergunto sobre o dia em que Buffett faleceu, ele está referto de histórias: Pessoas vieram de lugares distantes até o Queens para entregar flores e prestar suas homenagens, Casciello me conta solenemente. Foi um dos dias mais movimentados em que ele trabalhou lá. Ele até ligou para o próprio pai, que descreve porquê a origem de um fã de Buffett.

“Conversamos sobre crescer e ouvir Buffett no carruagem a caminho da praia”, lembra Casciello. Ainda hoje, músicas porquê “Margaritaville” e “Come Monday” têm o poder de transportá-lo de volta às viagens. “Foi uma forma de nos conectarmos.”

Prelúdios a conversar com um colega cliente, Rick Kelly, que está sentado no bar próximo, bebendo refrigerantes de tequila. Kelly foi criado porquê mórmon e bebeu pela primeira vez há nove anos, ele me contou. Embora more em Los Angeles, ele visitante Novidade York a cada poucas semanas para trabalhar; seu escritório fica do outro lado da rua da Margaritaville Times Square. Quando eu sugiro isso, se eu fosse de fora da cidade, poderia tomar em um lugar com mais sonância cultural. Ele me garantiu que estava no famoso bar de coquetéis The Dead Rabbit na noite anterior. Hoje, porém, Margaritaville se enquadra no perfil. Porquê pai de dois filhos que “trabalha sempre”, há um elemento na mensagem de Buffett que ele espera transmitir.

“Margaritaville é escapismo, porque para muitas pessoas a vida é difícil”, diz Kelly, chamando levante lugar de paradoxal e incrível. “Você não precisa se punir hoje.”

Interior do MargaritaVille Times Square Tiki Bar
Imagem cortesia de Margarita Ville Resorts

Permanecer sentado cá agora é uma forma de Kelly rejeitar a forma porquê ele cresceu, e ele labareda Margaritaville de uma forma de niilismo positivo – zero importa, portanto faça o que lhe traz alegria. Talvez isso signifique comprar uma caneca de plástico para liquidificador por US$ 8 adicionais. Talvez isso signifique não comprar absolutamente zero.

A conversa e o envolvente ao meu volta inevitavelmente me trazem de volta aos pensamentos sobre meu pai. Às vezes lutei com a identidade do meu pai. Ele foi garçom no Red Lobster por 25 anos, recusando promoções e deixando sem uso um diploma universitário em instrução física. Mas ele certamente sabia porquê se divertir – o varão adorava praia. De certa forma, ele era um personagem saído de uma música de Buffett. À medida que envelheço, sentindo a pressão para lucrar mais e progredir na minha curso, tenho que consentir que há alguma coisa de encantador em deixar a brisa do mar tomar conta de você.

Talvez meu pai não me visse tanto quanto gostaria. Talvez algumas coisas em sua vida não tenham oferecido notório porquê ele esperava. Mas ele tinha praia e, pelo menos uma noite, cantando karaokê em Cocoa Beach comigo por perto.

Casciello me conta que quando ouve a música de Buffett no trabalho, ele se sente mais próximo do próprio pai. Fico impressionado com o quanto as memórias de sua puerícia refletem as minhas e porquê tantas histórias de Buffett envolvem pais em carros indo para qualquer lugar. No paquete, Dave me conta uma história de quando seu pai não conseguia reunir palavras para ajudá-lo a mourejar com os valentões da escola, portanto, no carruagem, ele tocou para ele “Cowboy in the Jungle”, de Buffett. Buffett disse o que não podia.

Enquanto eu estava dirigindo para me encontrar com Dave, “Son of a Son of a Sailor” tocou e me virei para o banco vazio do passageiro. De certa forma, meu pai estava naquele carruagem, naquele paquete e naquele bar, falando através de Buffett. Mesmo, ou mormente, na morte, Buffett atua porquê tecido subjuntivo para muitos dos nossos pais, seja através da música, da bebida, da praia, da vela, da pesca e assim por diante. Você não precisa definhar novamente em uma Margaritaville literal para reputar seu impacto. Mas se essa for a sua preferência, há 40 coquetéis para você seguir seu caminho.